

É o momento mágico em que o Brasil inteiro entra numa coreografia sincronizada de olho nos preços um mês antes e constatando que tudo aumentou, e no dia 29 ver o preço voltar ao que era, agora com um adesivo 50% off. Uau, agora sim! Imperdível! A voz interior cochichando: – compra, vai! É black Friday!
No fim do dia a cena é sempre igual. Coisas desnecessárias de ofertas imperdíveis, que no fundo eram perfeitamente perdíveis, porque o cupom de desconto expirava em 7 minutos e eram as últimas unidades. De repente todo mundo está precisando de uma caixa organizadora, um ventilador portátil de pescoço, um porta celular, um potinho do bob esponja para escovas de dentes, enquanto o cartão de crédito comemora sua desgraça.
E o momento pós-compra? Sensacional. A pessoa senta, olha pro pacote, abre, segura o trambolho na mão, e a epifania bate com força:
“Meu Deus… o que eu fiz?”
A alma dá até uma balançada, como se tivesse tomado banho de água sanitária emocional.
Mas relaxa. Você não é burro. Só foi seduzido por um sistema inteiro projetado pra te convencer que sua vida será melhor se você tiver mais tranqueiras premium que nunca precisou antes. E você caiu direitinho. Caiu tão bonito que o algoritmo te manda até parabéns.
E sabe o que é melhor ainda?
Ano que vem você faz tudo de novo. Só aparecer “frete grátis” com aquele botão amarelo piscando… aí já era.


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